Ao falar de suas emoções um conhecimento se abre, ele estava ali o tempo todo, ele já estava em você, mas ao olhar para ele, ele se faz presente. O olhar para si é um desafio porque nos coloca de frente para nossa condição real, da nossa imperfeição, limitação e do nosso potencial.
Os recortes do “perfeito” vendidos nas redes sociais, muitas vezes levam as pessoas a cobrarem excessivamente de si mesmo, cultivando uma idealização do que é viver, amar, ser belo, ter sucesso e vários outros pilares que entendemos ser importante. Ao direcionar nossa energia para esse mundo produzido do viver, esquecemos de olhar para nos mesmos, para nossa trajetória, conquistas , aquilo que, de fato, é importante.
Sempre haverá pessoas em diferentes níveis de conhecimento, atuação, maturidade, carreira. Por isso as comparações que fazemos, nos levam a um lugar desprivilegiado. Cada trajetória é única e composta por seus desafios e cenários. É sempre importante entender o avançao pela ótica da sua história, o que já construiu, o que precisou enfrentar para conquistar, as oportunidades e a partir desses pontos compreender se está indo tudo bem, ou se é preciso rever o processo.
Estamos em um momento muito dinâmico e de situações muito intensas. Uma fase que se forma do reflexo de um processo difícil de enlutamento, de pessoas, projetos, conquistas que foram interrompidas por conta da pandemia. Cuidar do emocional, nunca se fez tão necessário. Saiu do campo do privado e extendeu para o espaço organizacional.
As empresas começam a perceber a importância de incluir nas suas práticas de gente e gestão espaços de escuta, mapeamento da saúde emocional de seus colaboradores, a possibilidade de carga horária hibridas para garantir uma melhor qualidade de vida e o incentivo a prática mais saudáveis de alimentação, cuidado com o corpo e sono. Produção, entrega, engajamento e resultados, nesse cenário e demanda das pessoas, parecem intimamente ligados ao tanto que o espaço empresarial consegue passar segurança psicológica.
Nesse novo contexto tão desafiador, também somos chamados a ocupar o nosso lugar de único responsável pelo nosso bem estar. Ter práticas saudáveis, optar por qualidade de vida, estar atento as relações e ambientes escolhidos se favorecem ou não ao nosso crescimento pessoal e profissional. Pois no final das contas, nesse livro da vida, a caneta é nossa para escrever os capítulos. Podemos permitir e convidar outras pessoas para caminhar junto, trabalhar em parceria, dar boas risadas, amar ou dividir nossas questões mas, somos nós o protagonista do processo.
E é nessa busca, nesse movimento curvilinio que é a vida, que o autocuidado tem um papel fundamental. Se associamos a ele, sermos mais gentis com nós mesmos, frente a todos os desafios e nossa vulnerabilidade, a chance de escrevermos um capítulo lindo é uma possibilidade bem real. RESPIRA E VAI!